Inventamos mundos
Somo saltimbancos sem palco
Devoramos a aspereza de uma sorte que não compensa
Paramos a alma...
Entre o que vemos e o que não sabemos
Somos instantes escuros...somos (...)
Já no ar baloiçam as vagas feitas de vidro
Já os meus olhos se desfazem nas dúvidas do mar
Já em mim se cruzam labirintos
Já em mim se desenha o rosáceo abismo das verdades
Gosta (...)
A ave voa num solene movimento
Na delicadeza do ar desenham-se as suas asas
E pára...fixa-se...
É agora um ponto inerte
No vale abaixo...
homens procuram os seus próprios instintos
São (...)
Ao longe há uma imagem
Que flutua num segredo
Um cintilar de estrelas falsas
Um suicídio de pele gretada
Onde o silêncio espera pelo vento
A tarde acumula-se em mim
Espero-te como se (...)
E por mim passam ecos sonhos e estranhezas
E por mim descem grandes vagas de esperança
Mas sou eu que respiro por meticulosos poros
A inclemente força de um vento
Que me traz o ardor do mar
(...)
Não te percas nessas ruas
Onde o tempo estupidificou as árvores
Não te assustes com a perfeição estridente do caos
Tu és a luz a sombra e a penumbra
Tu és a mão veemente
Que luz (...)
O sol arde por detrás de um céu cinzento
Cai a luz de um fantasma sobre o vento
As tuas mãos procuram o vazio das marés
E porque há um anjo em cada rota
E em cada fogo um céu sinuoso
(...)
Desmaia a madrugada sobre o silêncio
Aos poucos floresce o dia
Não sei se dormi
Passei a noite na paisagem
Pernoitei sobre os teus desejos
Ouvi o teu grito...afastei-me
Subia (...)