Distanciamento social?
( foto tirada da net)
Quando se começou a falar em desconfinamento, e concretamente em relação aos transportes públicos, foi-nos dito que estes teriam uma lotação limitada. Que não poderiam andar cheios e que teria que ser respeitado o distanciamento social,( eu prefiro chamar-lhe distanciamento físico).
Como estamos num mundo onde o mais importante é o lucro, logo os proprietários das empresas privadas de transportes, descobriram que aqui havia mais uma forma de ganhar;( mais), dinheiro.
Então reduziram o pessoal, (lay off), receberam as contrapartidas do estado, que continua a pagar-lhes como se tudo estivesse normal. E passaram a receber pelo pessoal que mandaram para casa.
Há uma pergunta que é preciso fazer. Como é que seria possível manter o distanciamento se os transportes foram reduzidos em 50 por cento?
E o governo? Porque não legisla limitando o número de pessoas que podem viajar juntas num meio de transporte? Podem argumentar que não se pode controlar o Metro ou os comboios. Mas pode-se impôr ao sector privado que não crie problemas aos empregados se estes chegarem mais tarde ao trabalho devido a recusarem entrar num meio de transporte superlotado.
Parece que agora ( dia 1 de Julho),irá ser aumentado o número dos transportes em circulação. Mas, pasme-se, apenas até 90 por cento dos que circulavam antes da pandemia. E tudo isto com um benefício extra de 20 milhões de euros.
É preciso que se comece, e já( pelo menos nos autocarros que é o meio mais lotado), a limitar as viagens a um número máximo de passageiros. E ao mesmo tempo obrigar as empresas a darem um tempo de tolerância aos seus empregados, de forma a que possam viajar com mais segurança.
É que não é só o empregado que defende a sua saúde. A entidade patronal também beneficia se os funcionários estiverem saudáveis.
A tudo isto temos que acrescentar esta incongruência; na rua não pode haver ajuntamentos superiores a dez pessoas. Nos transportes públicos pode-se viajar "enlatado":