O mundo anda ganzado.
O mundo anda ganzado.
Um final apoteótico reclama os nossos aplausos
Que entoaremos já no fundo do abismo
Já bateram as três pancadas... mas o homem está desatento
Enquanto o dinheiro correr como um rio para a sua conta bancária
Disfarça o verbo e não quer falar do perigo...
Só quando os animais se tornarem monstros
Só quando os rios correrem fora das margens
E o seu leito ficar seco...E os peixes a apodrecerem...
Só quando as montanhas se puserem de cu para o ar
Então incansalvelmente os loucos acreditarão.
Depois já ninguém fará milagres...
O Cristo primitivo não terá adeptos...
Será como um padre besuntado de pecado
Um zunido inconsistente desaparecido da realidade.
Os campanários ficarão negros da cinza de Satanás
Desaparecerão as Cruzes...
Serão todas açambarcadas pelo homem para a sua crucificação...
Esqueceremos a quem rogar protecção
E só depois da tormenta nos lembraremos...
Que afinal...somos todos Cristos crucificados na Terra
Entretanto os satélites continuam a sua órbita impassível!