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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Rodeados por miragens de esperança

Seguimos pelo trilho da vida
Rodeados por miragens de esperança
Procurando oásis que sequem a nossa sede.
Erguemo-nos todos os dias
Para vasculhar no lixo o cadáver do sonho
Como recoletores de sentimentos perdidos...
Sujamos a alma com coisas vazias...
Somos corpos sem cabeça...
Esgrouviados e sujos por coisas que desconhecemos...
Somos como esqueletos de automóveis
Enegrecidos pela ferrugem...
Objectos sem sentido nem utilidade...
A vida é como a merda de cão no passeio
Que pisamos sem saber...e...de repente...cheira mal.
Somos o resultado do acaso...do querer de alguém...
Seríamos nós se a nossa mãe tivesse engravidado noutro dia?
Mas...embora carregando todas as dúvidas
Quotidianamente saltamos os dias...
Como crianças a saltar à corda...alegremente...
De vez em quando..lá vem o cansaço...a decepção...
Mas o futuro continua lá...à nossa espera...
E... esperando sempre a chegada...
Da Luz que vem iluminar o mistério...
Não nos rendemos à desistência!