Guardo as emoções no catálogo da memória
Guardo as emoções no catálogo da memória
Para lá regressar sempre que me esqueço de mim.
Sei que esse tempo arrumado e suspenso
Guardou para meu contentamento...essas memórias...
Que são como uma porta sempre aberta
Que dá entrada para uma casa iluminada
Uma casa onde as lágrimas regam sentimentos suspensos no ar
Como poeira que se vê através do sol.
Uma casa feita de noites negras e luas pardas
Cheia de pequenos regatos por onde escorre a luz.
Uma casa onde o coração empoeirado respira fundo
E uiva solene como um vento desnecessário.
Este coração desgastado de tanto correr e guardar coisas...
Não espera encontrar a porta de saída...
Espera o fim das coisas!