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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Como o sabor de um beijo esquecido

Uso a vida com espanto... mas sem me espantar
Como se fosse um passatempo infindável.
Sou como um missionário sem missão
Fascinado pelo grandioso Dia que surge
Perante o mosteiro onde um eclesiástico erege
Pressagia algo de grandioso.
Um ser duplo que não se imagina
Mas espera um acontecimento raro
Que ultrapasse a sua imaginação e o deslumbre
Como um apelo ao desejo numa noite calada
Ou como uma força inebriante que se fuma
Um ramo onde o pássaro descansa
Uma teimosia de Ser...forçado e desprendido...
Uma palavra descrita por palavras
Que se observam desconfiadas
Uma sombra da sombra que se esvai
Como o sabor de um beijo esquecido
Que despreza as regras da decência...

Uma agonia insinuante

Tenho no peito um instrumento de sopro
Que ondula em vagas por vezes alterosas
E noutras vezes... calmas e sensíveis...
Por vezes exulta persuadido que basta a força do desejo
Para ver os seus sonhos surpreendidos e realizados
Como se uma intuição o guiasse com voz terna
Em direcção a um enorme fluxo de sentimentos
Que o aguardam num embalo doce
Como um promessa pronta a cumprir-se
Ou como sentimentos sobressalentes
Que aguardam ornamentados de alegria
Pela noite em que eu fitando o céu...
Lhes apele numa agonia insinuante...
Que venham até mim...
Que se encostem a mim...que rocem a minha pele...
Que me aspirem para o seu interior
Como uma liberdade sem regras
Como um atordoamento do sonho
Onde eu durma indiferente aos gemidos e lamentos...
Da alma!