Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

És a respiração contida num espasmo

És o meu sonho recorrente.
Um ser absoluto rodeado por um negrume denso
És a respiração contida num espasmo
Um buraco negro no meu universo...sugando-me...inexoravelmente
Matéria...alma...carne...
Loucura que desce pelas artérias...
Dissolvendo-se no meu coração
Inundando o meu corpo...obstinadamente sôfrego de ti...
És como um afluxo incessante de sentimentos...conquistando a minha paz...
És o ornamento feliz dos meus sentidos...
A miragem esperançosa que me inunda a alma
Onde me perco...já dissolvido de mim...

De onde vem este ser que em mim se despe em palavras?

De onde vem este ser que em mim se despe em palavras?
Que caminhos percorre até em mim desaguar?
Que corpos toca e sente?
Que sons lhe traz o eco dessas palavras aprisionadas?
Que tem que enfrentar...como quem entra num quarto escuro...
Ou como lágrimas caídas de um jarro de porcelana
Sobre o estranho silêncio da respiração represada
Ou como vozes arrancadas do fundo de si
Queixando-se desse silêncio...absoluto...

Agarramo-nos ao riso com um olhar furtivo

Agarramo-nos ao riso com um olhar furtivo
As nossas gargalhadas inconscientes
Ecoam no mundo como sóis embriagados
Ou como o choro da primeira criança
A quem uma Eva mítica cortou o cordão umbilical
Depois disso...deitou-nos no berço...
Como Anjos castos...
Onde adormecemos num insondável vazio
E ainda hoje nos quedamos inacessíveis
E privados de memória....
Não recordamos essa Mãe
Emprestada pelo o início dos tempos...