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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Para onde foram os sentimentos perdidos?

Não me lembro da vida que vi... espelhada no lago transparente
Não recordo as lembranças adormecidas em silêncios...
Talvez se sintam culpadas do seu próprio silêncio.
E os pensamentos? Esses vagabundos sem abrigo que se esvaíram da minha alma....
Que me abandonaram...tal como o sono se perdeu de mim...
Quando as palavras perderam o rumo.
A felicidade... acompanhada pelos soluços...emagrecida pela vida …despojada
Não tem significado....
Sobram as unhas...e os dentes que rangem...
Sobra a tesoura que corta as lágrimas...
E sobra o cabelo desgrenhado pela noite...
Quando a manhã me pergunta:
Para onde foram os sentimentos perdidos?

Segundo os gregos a essência da democracia reside no direito à palavra

Quando teremos uma democracia em que nós cidadãos possamos ter a oportunidade de confrontar os detentores do poder com a nossa livre opinião? Segundo os gregos a essência da democracia reside no direito à palavra, mas, em que parlamento se confronta o político com a opinião dos cidadãos? Os políticos tornaram-se um grupo fechado que monopoliza a vida e a sociedade, só debatem com outros políticos, esquecendo que para além deles existe uma sociedade viva e activa, que depende e é afectada pelas suas decisões, decisões que devem ser debatidas e escrutinadas por aqueles que irão ser afectados. No entendimento dos nossos políticos a democracia não passa de uma folha em branco que lhe oferecemos e onde eles podem escrever o que quiserem sem terem que ser confrontados com a nossa opinião.

Vais despir a tuas redes?

Não é ao mar que pergunto...é a ti...
Conta-me coisas... abre o teu coração
Inunda a minha alma ...dissolve-te nela
Diz-me que és uma louca que vive num aquário
Diz-me a verdade...vais despir a tuas redes?
Vais dizer-me que me levas a sério?
Vais despir a piedade que não te rodeia?
Vais dizer-me...cara a cara...beijo a beijo...
Que tu própria te mentes? Diariamente...
Somos tão pouco sérios...que devemos mentir...
Para não nos tornarmos... sérios....
Para nos tornarmos loucos...
E não nos levarmos a sério!

Como ondas de espuma movidas pelo vento

Despejei a minha vida num cachimbo de água
Acendi-a... mergulhando na sua profundidade consoladora
Fumei-a... consumindo-a de forma cadenciada
Inspirei-a e expirei-a milhões de vezes...sofregamente...
Senti um formigueiro na alma...
Como se participasse num acto de magia,
Absorto...acordei numa cama de lençóis suaves
Como ondas de espuma movidas pelo vento
Inspirar...expirar...nascimento e morte em segundos...

Um pássaro liberto do meu corpo de pessoa

Não quero que um dia...o meu corpo se cubra de terra,
Não quero a minha alma enlameada
Quero ser fumo...nuvem...céu...
Não quero as minhas raízes aprisionadas...estáticas...
Como um ser ...pacientemente comido por bichos e larvas,
Quero elevar-me...num fumo volátil...ser o contrário do que fui...
Transformar-me num pássaro liberto do meu corpo de pessoa...
Finalmente renascido...