Sou intangível...
Um nevoeiro baço e espesso alimenta os meus dias
Passo pelas coisas e pelas pessoas sem as ver
Sou intangível...
Sou como uma estátua que tudo observa
Mas que se retirou para o interior gelado da pedra esculpida.
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Um nevoeiro baço e espesso alimenta os meus dias
Passo pelas coisas e pelas pessoas sem as ver
Sou intangível...
Sou como uma estátua que tudo observa
Mas que se retirou para o interior gelado da pedra esculpida.
Todos nós nos perguntamos sobre qual é o sentido da nossa existência? Mas o que deveríamos fazer não era perguntar, mas afirmar o seguinte: eu possuo uma existência à qual vou dar sentido.
Vamos criar as cidades das Artes, com alojamento para professores e alunos, um local de aprendizagem mas também de convívio.
Vamos criar Escolas Superiores nas cidades de província, onde todos se juntem. Assim por exemplo todos os que quiserem estudar pintura ou escultura vão a cidade cuja escola é dedicada a essas artes, lá terão todas as condições, ateliers,auditórios, anfiteatros para debates, as melhores condições para expressar a sua criatividade, e para procurar novos caminhos.
Vamos criar a cidade da música, a cidade do teatro e da dança, e porque não criar também a cidade da filosofia, da dramaturgia e da literatura? Vamos criar as cidades incubadoras de talentos e ao mesmo tempo revitalizá-las e dar-lhes vida. Recordemos só a título de exemplo de Viena de Áustria com o teatro e a música, de Paris e a Pintura Impressionista, de Florença e Roma, desde sempre onde houve concentração de artistas a arte evoluiu. Estas cidades eram capitais mas nós podemos fazer diferente, podemos mover a arte para criar vida em cidades que estão a definhar. E depois já sabemos que os estudantes de artes juntos motivam-se e entusiasmam-se, a competição traz a a superação e a criatividade explode.
A parte perigosa do sistema de ensino consiste em educar os alunos no sentido de não refletirem , porque quem reflete torna-se insubmisso, quem aprende a pensar revolta-se e isso não agrada ao poder.
Corro o pano sobre a rua
E deixo cuidadosamente uma frincha na janela
Para que os meus olhos sonhadores
Se possam alegrar
Com a minúscula vista de céu azul
Que entra pelo lusco fusco do meu quarto.
Pressinto a carícia do vento
Que embate na janela fechada
Os sentidos são mãos e nervos sempre alerta
As narinas cheiram a monotonia
E a tristeza é uma forma de expressão plástica...
É nesse preciso momento em que toco no Cosmos
Que o meu espírito ganha asas
E uma visão passa veloz pelo meu olhar
Como um quadro de um pintor decadente
Uma espécie de ilusão radiante
Vestida com rendas e bordados
E excitada pelas asas Pégaso!
A luta política deixou de ser um combate de ideias, para passar a ser uma campanha de marketing. Hoje não se discutem ideias, discute-se publicidade. Subtilmente os políticos passam uma mensagem manipuladora e entorpecente como forma de alienar os eleitores e levá-los a votar sem discutir ideias nem questionar os dogmas dos partidos, numa campanha manipuladora onde tudo conta, apresentação, voz ,cores e espectáculo as pessoas esquecem a discussão das propostas e vão alegremente colocar o voto no partido que melhor os enganou. Vivemos um fingimento de democracia, representado numa peça que um teatro triste insiste em ter no cartaz.
Os interesses dos alunos pegam-se como a gripe, se a escola for criativa todos vão procurar a criatividade se for (como é), uma coisa embaciada e indiferente todos os alunos se perdem nesse nevoeiro.
Os jovens procuram a novidade desde que sejam motivados e tocados pela “febre” da descoberta...despertar essa febre compete aos professores...que devem transformar o aluno num anarquista do espírito...
O ser motivado e curioso de saber está sempre à procura do novo numa busca incessante de sensações que lhe alimentem o espírito, entusiasma-se com o seu próprio entusiasmo e discute e analisa os assuntos, da arte, da literatura... da vida... não vive o absurdo da sobrevivência fútil...torna-se vida e faz parte dela....
O verdadeiro analfabeto é aquele que não compreende a vida, quanto ao resto somos todos analfabetos em alguma coisa uma vez que não podemos saber tudo. Só há uma coisa coisa comum a todos nós e chama-se Viver e é no saber viver que todos nós nos deveríamos tornar sábios.