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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Estávamos a mais um para o outro!

Perante a paisagem deserta
O silêncio frio não ousa erguer-se
A saudade é uma árvore sem folhas
Que já não pensa em nós...
Que já não conhece o caminho até nós
Que não pensa que podemos voltar atrás
Que acha que a noite em que éramos sedentos...de nós...
Foi uma fonte que secou
Que os nossos dois olhos, os nossos dois braços,
Os nossos dois corpos...partiram em pleno verão...
Cada um para seu lado...
Éramos verdes e resplandecíamos
Depois...fomos a extensão do Outono
Perdemo-nos pelos corredores do nosso castelo
Fechámo-nos cada um na sua torre
e por fim...estávamos a mais um para o outro!

Quero dormir saciado de desejos!

Quero descançar de mim
Ser o meu hóspede...
Não ter que me procupar comigo
Pairar no tempo imenso
Como um albatroz...ou como uma pena ao vento
Enquanto no alto as estrelas oscilam
E os risos brilham.
Quero disfrutar de mim como de um lauto banquete
Ser o fruto que amadureceu
Acariciar a loucura...
Prender as preocupações com algemas de ouro
Libertar-me das correntes enferrujadas que me tolhem.
Tragam-me a liberdade numa salva de prata
Tragam-me festejos raros
Tragam-me um trono forrado a veludo
Quero sentar-me nele...
Quero música, vinho e bacantes
Quero provar os frutos do paraíso
Quero incenso, e flautas orientais
Quero luzes, sedas e perfumes
Quero banhos quentes e sensuais
Depois...quero repousar...
E retirado para dentro da minha alma...
Quero dormir saciado de desejos!