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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Somos filhos do Nada

Todos os homens nascem da mesma fornalha e do mesmo molde e são feitos com os mesmos materiais, são portanto iguais no formato, no entanto valoriza-se o que tem mais poder, o que mais oprime o que mais manda, em detrimento do mais bondoso, do que mais distribui, do que mais se equipara aos seus irmãos. E porque vivemos nesta sociedade absurda, onde os sentimentos são impostos pelas regras do ter e que acha que se assim não for o mundo desaba. A matéria de que somos feitos veio dos confins do Universo, provém de um tempo onde não existia nem maldade, nem dinheiro nem ambições, somos portanto filhos do Nada, e não queremos perceber que para lá voltaremos.

Todos os nossos dias deveriam ser...dias de ouro e prata

Caí no caldeirão da vida...mas saí a tempo...
Saí a tempo de caminhar nas avenidas enxutas de gente
De subir aos terraços... de ouvir a voz do caos.
Saí a tempo de apertar a mão amiga da primavera
De acompanhar as árvores no bosque
Como se pesquisasse tesouros ao sol lento do meio dia
Saí a tempo de ouvir a minha história contada em todos os livros
Saí a tempo de saber que a sabedoria é nada
Que as carícias são tesouros
Que o pensamento é o palco do sentir
Que a Terra Santa é feitas de guerras
Que todos dizem que Deus é Grande
Que as especiarias vieram da Índia
Que os nossos amigos são preciosidades que devemos conservar
Que as aves voam em direcção aos rios
Que a luz voa em direcção ao mar
E que desdenhamos o dia que nasce... na manhã de ouro e prata
Que todos os nossos dias...deveriam ser...
Dias de ouro e prata...