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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Eu...sou o eremita que vive esconso

Quando na noite profundamente calada
Os sonhos despertam da prisão...
E voam para o mar longínquo até se tornarem luz
Levanta-se uma violenta tempestade de alegorias
E a solidão ergue-se das suas profundezas...estremunhada...
As paredes desabam...os outros são distâncias...peso...
Eu...sou o eremita que vive esconso...como uma lembrança...
Procurando que me esqueçam...
Sempre a procurar...a procurar...a resposta profunda...
Da fonte de onde brota a Vida!

Nós somos o outro...o outro somos nós...

Nós somos os outros...amamos a semelhança que o outro tem connosco, como amamos aquilo que o outro tem, que nós não possuímos e de que gostamos, quando não gostamos de algo no outro é porque não gostamos desse algo em nós...somos uma simbiose...somos na verdadeira acepção da palavra irmãos...nunca poderemos falar dos outros sem falar de nós...é este um dos mistérios da criação... aquele nos torna iguais...nós somos o outro...o outro somos nós...

Venho de uma terra plana

Habito num corpo austero de mendigo ...disfarçado de rei...
Venho de uma terra plana...seca...ciumenta da chuva...
Chuva que cai sobre os sexos adormecidos..e queimados pelo Estio dos corpos
Ciumenta da beleza da neve...que dorme sobre os cumes acordados
Pelas visões...pelos ares superiores das águias...pelo afecto do sol
Esse mesmo sol... que ansioso queima a minha terra
E transporta no ventre a criação e a alegria...

Carregamos o nosso sal...como uma candeia ao fim da tarde

Tragam-me indícios de uma pessoa
De uma só pessoa...como se fosse uma lembrança preciosa
Tragam-me uma voz que não seja impessoal...uma voz verdadeira
Uma voz que não se cale.
Perante a misteriosa existência do silêncio
Tragam-me uma criança...inteira...sem vícios inocentes de adulto
Lembrem-me que há espaço entre as palavras
Que há espaço entre a aflição das pessoas
Que há espaço vazio...ao nosso lado...
Vazio que as palavras não preenchem
Um vazio profundo...submerso num quarto escuro.
Existimos silenciosos...misteriosos...velados...
Somos lembranças de risos que imergem da infância
Carregamos o nosso sal...como uma candeia ao fim da tarde
Ou uma noite onde as palavras ficam de fora
Mas perduram...perduram...sentidas e estáticas...
Nos nossos corações!

Carregamos o nosso sal...como uma candeia ao fim da tarde

Tragam-me indícios de uma pessoa
De uma só pessoa...como se fosse uma lembrança preciosa
Tragam-me uma voz que não seja impessoal...uma voz verdadeira
Uma voz que não se cale.
Perante a misteriosa existência do silêncio
Tragam-me uma criança...inteira...sem vícios inocentes de adulto
Lembrem-me que há espaço entre as palavras
Que há espaço entre a aflição das pessoas
Que há espaço vazio...ao nosso lado...
Vazio que as palavras não preenchem
Um vazio profundo...submerso num quarto escuro.
Existimos silenciosos...misteriosos...velados...
Somos lembranças de risos que imergem da infância
Carregamos o nosso sal...como uma candeia ao fim da tarde
Ou uma noite onde as palavras ficam de fora
Mas perduram...perduram...sentidas e estáticas...
Nos nossos corações!

É preciso ver para além das coisas

Hoje acordei com os olhos marejados de maravilha
E maravilhado vi a importância de uma lagarta
Vi a sua importância... porque vi para além dela
E porque para nos maravilhar-nos...
É preciso ver para além das coisas.
Vi nela...a futura borboleta...
Imagino- a sobrevoando...
Os campos emocionados de flores
A articular as suas asas sobre a beleza surda das cidades
Sim...também se vêem borboletas nas cidades
Perdidas talvez...como nós...
Mas sempre borboletas graciosas...como nós...
Borboletas para quem os jardins são oásis
Rumores de sol carmim e alegria
Porque a beleza apaga a morte... breve...
Da Vida!