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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Virgens sem sombras no olhar

Vi as Virgens sem sombras no olhar
Que como palavras em bocas desconhecidas
Se ornamentaram de lendas e sombras preciosas
Aspergiram perfumes destilados nos bosques profundos
E venderam o seu despertar para o amor
Na hora superior em que os pescadores lançavam as redes
E capturavam as espumas cintilantes...
Danças ecoaram nos vales ignorados...frios...
Seiva de plantas raras e gentis...
Gritaram como prazeres raros...
Ou como enseadas de encontros esplendorosos
Vi os olhos dos pobres perante o ouro..arregalados de prazer...
A opulência dos amores era um segredo viciado
Infernal...ignorado...carnal..
Por isso...de todos os lados chegavam vampiros...
Exaustos de sangue azul...envenenados pelos amores invisíveis...
Vinham procurar na noite mascarada de aurora boreal...
As sobras das sombras das danças...anárquicas...
Sem preço!

Pode o criador ser confundido com a sua obra?

Pode o criador ser confundido com a sua obra? Não pode! A obra é de todos e ele não é mais que o veículo que a aproxima dos outros...ou afasta...ele pode ser execrável ou belo como pessoa...mas como podemos considerar a sua obra? Execrável só porque ele o é? Bela só porque ele o é? Esqueçamos as pessoas porque elas não contam nem são importantes ...importante é só o que delas sai!

Foram ecos de leveza noturna...


Acumulei no baú da etérea vida..
Sentimentos e palavras que numa agonia indistinta da escravidão
Rebentaram a fechadura esquecida
E... como crianças livres ... agora querem correr pelo mundo...
Ou... como adultos que voltaram a encontrar um amigo perdido
Cuja vida ficou suspensa nos lábios multicores dos assassinos.
Ou ainda ...como um objectivo céptico e pensativo...
Pendurado numa solidão orgulhosa...
Mas os sentimentos que rumorejam agora
Enrolados numa cintilação de cristal azul.
E que saíram desse baú encurvado por dentro...
Foram ecos de leveza nocturna...
Ecos diversos...ecos plenos...ecos desajeitados...
Como pequenas aves que quebram o ovo
Diante de um ser inquieto!