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folhasdeluar

Poesia e outras palavras.

folhasdeluar

Poesia e outras palavras.

Como quem ouve a alegria colorida do Universo!

Passeio a minha solidão pela sombra dos corredores assombrados
A frincha da porta escoa a luz deserta
E a neve cobre tudo o que amei...
Forço os olhos a sentir orgulho na eternidade
E assalto o castelo dos sentimentos tumultuosos....invernosos
O meu corpo afeiçoou-se egoisticamente...
À fatalidade de um céu de pecado...
As coisas benignas estoiraram...como balões na trovoada
E agora...sou a maré que canta ao raiar do dia...
Não ponho os olhos no Cabo das Tormentas
Não me desencanto com os desastres
Não procuro que a claridade me cegue...
Nem me perco perante as multidões
Sou a variável perdida...a música clara que ninguém percebe
Sou a lassidão da graça mais intensa...
Que procura sempre o lugar...
Onde possa depositar o seu corpo
Que amou todos os Invernos...todas as camas... todos os olhos
E todos os desastres...e todos os abandonos...
Como quem ouve a alegria colorida do Universo!

Transportados para longe de nós!

Constatamos que as certezas Bíblicas são escassas
Rogamos às normas da malícia que vigiem as nossas salvas de prata
As nossas camas de dossel...e os nossos prazeres ardentes
Queremos que as nossas bocas ostentem gengivas cristalinas
E que pelas asas da mágoa.... que nos devora...
Sejamos transportados para longe de nós!

Somos seres múltiplos e únicos...

Somos seres múltiplos e únicos...somos tantos quantos os que connosco convivem
e únicos porque em cada um deles vive uma única imagem nossa...é nessa multiplicidade que vive a nossa unicidade...é nos outros que vivemos embora sejamos etéreos...porque quem se pode dizer o que é....ou quem se é? Afinal somos tão misteriosos...e é no mistério de ser que reside a beleza...sem mistério não há surpresa...há banalidade...e eu abomino o banal...