Agora que se aproximam as eleições é tempo de reflexão, mas eu não reflito sobre qual o partido em que vou votar, parafraseando Agostinho da Silva: “os partidos querem mudar o governo, eu quero mudar o Estado”. Imaginemos que não vamos votar nem em partidos, nem em candidatos a 1º ministro, nem em listas de deputados. Vamos votar em pessoas com programas, por exempo: cada partido proporia ao acto eleitoral um governo, cada membro do governo apresenta um programa para o seu ministério, os eleitores votam individualmente por ministério, os boletins de voto seriam o número de ministérios que existem, os eleitores escolheriam o melhor programa por ministério, e era possível que um governo tivesse o ministro da saúde de um partido, o da educação de outro, o da justiça de outro, etc... supervisionando a actuação dos ministros estaria o PR e o TC. Os deputados seriam inúteis e o parlamento serviria para os cidadãos, (seguindo e exemplo da democracia da Grécia antiga) expressarem a sua vontade e opinião.