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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Sufocado por risos...

Espetei o meu coração na ponta da lança
Exibi-o perante a Beleza...que se agoniou...
Comecei a andar no largo...a dar voltas ao largo...deserto...
Até que percebi que tinha que ir a direito...
A quem devo explicações? A quem pode a minha alma recorrer?
Que seres celestiais devo adorar? Não me basta já a injustiça?
Não me basta já o fardo esmagado pelo peso morto dos tesouros?
Como me posso defender das risadas dos fuzis?
Que pragas devo morder com indignação?
Mas o Inverno que ri como um hiena e rosna como uma agonia
Acha que o festim chegará na Primavera
Onde todo o sangue secará e todo o infortúnio agonizará
Sufocado por risos... de papoilas loucas...

Ao meu rio Tejo

Todos os dias aqui me sento...a ver-te
Todos os dias aqui me sento...a amar-te
Todos os dias aqui venho... querer-te.
Todos os dias aqui venho... procurar-te


Todos os dias me sento aqui ...sozinho
Neste banco junto a ti... desafogado
E todos os dias tu és o meu caminho.
E eu...sou o teu naufrago sentado


Todos os dias te vejo partir
Em ti vão meus olhos com as águas
Os barcos...levam margens a sorrir
E eu...aqui deixo velhas mágoas

A todas as coisas que desconheço

Nunca poderei conhecer-te...nem adianta
Nunca poderei saber-te...pouco me importa
Tu és o meu travo na garganta
Tu és o meu segredo atrás da porta.


O meu segredo está em desvendar-te
O meu segredo está em não saber-te
A minha alma cega... corre sempre a procurar-te
A minha alma cega...corre  sempre a esquecer-te.