Sufocado por risos...
Espetei o meu coração na ponta da lança
Exibi-o perante a Beleza...que se agoniou...
Comecei a andar no largo...a dar voltas ao largo...deserto...
Até que percebi que tinha que ir a direito...
A quem devo explicações? A quem pode a minha alma recorrer?
Que seres celestiais devo adorar? Não me basta já a injustiça?
Não me basta já o fardo esmagado pelo peso morto dos tesouros?
Como me posso defender das risadas dos fuzis?
Que pragas devo morder com indignação?
Mas o Inverno que ri como um hiena e rosna como uma agonia
Acha que o festim chegará na Primavera
Onde todo o sangue secará e todo o infortúnio agonizará
Sufocado por risos... de papoilas loucas...