Como cavalos selvagens...em prados ardentes.
Lavo a minha alma branca...no fel da claridade..
Disfarço-me de Deus moribundo...pinto-me de elegância
O universo volta-se para mim... e mostra-me o seu rosto...feito de irrealidade
E o espelho mágico... num desespero infinito...reflecte na minha face...
As emoções violentas...que me correm nas veias...
Como cavalos selvagens...em prados ardentes...
Onde o meu corpo arde como uma vela...escorrendo sangue...
Depois...um sorriso malévolo...coroa os meus lábios... ingénuos
Tristemente vejo as coisas vulgares...servidas com requinte...
E espíritos ávidos de existir...em recepções de cristal...
Que são como folhas caídas...coradas...pintadas de desilusões...
Valha-nos a arte... e o vinho...
Escorrendo sofregamente...dos seios de Afrodite...
Para a minha boca ávida... de doce Vida!