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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

E o céu se torne um lago feito de lava que solidificou...

Teatro cruel e bestial onde língua da serpente... se insinua pelas nossas partes fracas...
E onde o ventre cresce e incha com o sangue cristalizado
Escondidas na escuridão... personagens esculpidas em areia...murmuram obscenidades
Dizem que as catedrais são feitas de barro negro...
E que as aves fogem do paraíso...e poisam nas orelhas dos santos...
Picam-lhes os narizes pontiagudos...roxos...de sorrisos amarelos ...falsos.
E onde todas as línguas são nossas irmãs...coroando o nosso corpo...de saliva...
Para que a glande obliqua do nosso sexo …se volte para o céu em agradecimento...
E o céu se torne um lago feito de lava que solidificou...
De prazer...

Que me apertava sobre um campo de flores lilases...

Um barco agitou as águas onde nadavam as minhas recordações
Lembrando-me que eras um horizonte terno ...de faces rosadas
Como um prazer leve e impróprio...numa ternura de anjo negro..
Vestias impaciências encantadas e agitavas o mar..com suspiros profundos
Eras vento salgado... um corpo aceso...uma nuvem rosa onde morava a tempestade
Eras brasas e vontade...chuva cadenciada e fogo do universo
Que me apertava sobre um campo de flores lilases...que ficavam despidas de vontade
E que murchavam com a tua partida...

Ou...como uma música fugaz...

Percorro as tuas paredes...apalpando com o meu andar...os teu sussurros...
Pinto a tua imagem...com as minhas penas de ave nocturna..
Numa tela que ...às apalpadelas torno perceptível...
Como se fosses uma tradição...que tenho que passar sem estragar
Ou...como uma música fugaz...que alimenta a tua estátua ao crepúsculo
E que dança numa toada...tocada em piano forte...
Como se a música saísse áspera ...da garganta de um vidente...
E eu tivesse umas asas enormes...que te levassem pela noite adentro....

Ou...como uma música fugaz...

Percorro as tuas paredes...apalpando com o meu andar...os teu sussurros...
Pinto a tua imagem...com as minhas penas de ave nocturna..
Numa tela que ...às apalpadelas torno perceptível...
Como se fosses uma tradição...que tenho que passar sem estragar
Ou...como uma música fugaz...que alimenta a tua estátua ao crepúsculo
E que dança numa toada...tocada em piano forte...
Como se a música saísse áspera ...da garganta de um vidente...
E eu tivesse umas asas enormes...que te levassem pela noite adentro....

Atravessamos pórticos de baladas secretas...

Tiramos a excentricidade em baldes...de um poço profundo
Que alimentamos com águas sombrias...
Águas que irrompem... como quentes escutas da alma...
Alma comprimida em olhares negros e passados baços...
Atravessamos pórticos de baladas secretas...
Enfeitados por luas de ouro... sob fundos céus ...púrpura...
Procuramos novas e ternas sensações...nos quartos escuros...
Procuramos sombras...de nós...vestígios do que somos...
Nas sedas embaladas pela suave brisa que se infiltra pela janela...
Procuramos mar...bosques...nomes para as coisas...que não sabemos...
Procuramos alma e lama...nas rama das árvores...e nas raízes...
Encontramos o sol...num tempo vago... de Agosto
Depois de...congelados por trémulos quotidianos...
Subirmos os degraus escorregadios...
Que nos levam ao vaso...onde depositamos a nossa semente...
Que florirá num dia encantado...

Escuto na sombra a tua luz quente..

Escuto na sombra a tua luz quente...como se fosses um veludo ardente
Que os meus lábios beijam sob um sol encantador
Veste-te de seda negra...como um bosque nocturno...
Que me faz perder nas suas áleas doiradas...
Baladas encantadoras bailam nos caminhos que percorres
E...secretamente os teus lábios vibram...como noites em branco..
Noites em que os teus cantares... são praças vazias de lamentos...
São alegrias profundas de onde sais...por um portal de luz esfuziante...
Para me encantares...