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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Rasgados pelo roçar nas coisas sem importância...

Somos velhos livros com histórias imensas
Estrelas desbotadas..como a luz e a brisa matinal
Olhamos os corações através das palavras...
Escritas nas noites longas...em que morremos de medos.
Dissipamos o nosso olhar pelas estrelas
Entramos nelas como num palácio que não nos quer...
Reflectindo a nossa sombra em lagos acetinados e sombrios...
Escavamos com as mãos nuas a solidão...
Que nos entra porta adentro...sobe as paredes..poisa nas mesas de cabeceira
Selvagem.. como recordações rutilantes...
E nos abre um buraco silencioso nos lábios frementes...
Rasgados pelo roçar nas coisas sem importância...
Que lembram desenhos de antigos amores
E que beijam as portas das cidades...procurando nas vielas...
como letras ilegíveis...
A estrela que desponta...para nos alumiar!

Não existe um ar que respiremos...juntos...

O meu olhar poisa suavemente sobre ti
Brinca com o teu rosto junto à janela da tarde
Onde as tuas faces macias como penas...correm e riem transparentes...
Reparo que também tu és uma nuvem...
Que ambos pairamos sobre o desejo...como fumo ao cair da tarde
Que nos saudamos de uma janela distante...como um mastro no horizonte
Ou como uma prece peregrinando pela álea deserta de um bosque
E...que não existe um país que nos contenha
Não existe uma estrada que nos leve
Não existe um ar que respiremos...juntos...
Que não existe forno nem forma ...


Onde ardamos!

Deus envia os emissários das catástrofes...

Entro pelo magnifico portão do jardim do tempo...
Jovialmente aceno a Deus e ...sigo em frente...
Sou como um sino crepitando no Universo...
Sou o esplendor dos dias arrasados pela excitação.
Poiso o meu sabre doirado sobre a mesa da entrada...
E... sigo para sala onde os dias nascem...
Sento-me num sofá encarnado...e vejo lume por toda a parte...
Percebo que é o lume dos nossos corpos...que faz nascer os dias...
E por isso... é preciso sempre mais...e mais...e mais corpos...
Para alumiarem...dias...dias...e mais dias...
E quando os corpos começam a faltar...
Deus envia os emissários das catástrofes...

Que ardamos...consumidos de vida...

Renovado o dia em que a idade se desagrega nas sombras cavernais
Somos como vitimas comidas pelas horas...cruelmente desamparados...
E asfixiados pelo peso do olho Universal...
Somos como crianças sempre a tactear os lugares húmidos
Inflamamos as nossas consciências com fantasmas...
Porque é preciso honrar a nossa crueldade...e apaziguar os olhares...
Porque é preciso que o frio se entranhe nos nossos membros...
Porque é preciso que tremamos como a luz de uma vela...venerável...
E que nos renovemos nos dias...chama a chama...
E que ardamos...consumidos de vida...

Que ardamos...consumidos de vida...

Renovado o dia em que a idade se desagrega nas sombras cavernais
Somos como vitimas comidas pelas horas...cruelmente desamparados...
E asfixiados pelo peso do olho Universal...
Somos como crianças sempre a tactear os lugares húmidos
Inflamamos as nossas consciências com fantasmas...
Porque é preciso honrar a nossa crueldade...e apaziguar os olhares...
Porque é preciso que o frio se entranhe nos nossos membros...
Porque é preciso que tremamos como a luz de uma vela...venerável...
E que nos renovemos nos dias...chama a chama...
E que ardamos...consumidos de vida...