Rasgados pelo roçar nas coisas sem importância...
Somos velhos livros com histórias imensas
Estrelas desbotadas..como a luz e a brisa matinal
Olhamos os corações através das palavras...
Escritas nas noites longas...em que morremos de medos.
Dissipamos o nosso olhar pelas estrelas
Entramos nelas como num palácio que não nos quer...
Reflectindo a nossa sombra em lagos acetinados e sombrios...
Escavamos com as mãos nuas a solidão...
Que nos entra porta adentro...sobe as paredes..poisa nas mesas de cabeceira
Selvagem.. como recordações rutilantes...
E nos abre um buraco silencioso nos lábios frementes...
Rasgados pelo roçar nas coisas sem importância...
Que lembram desenhos de antigos amores
E que beijam as portas das cidades...procurando nas vielas...
como letras ilegíveis...
A estrela que desponta...para nos alumiar!