Aos meus pés tenho o busto da espuma sorridente
Página atrás de página persigo o livro que se ergue na névoa
Aos meus pés tenho o busto da espuma sorridente
A minha boca....procura o caminho para a orla misteriosa da tua alma
Onde a névoa carcomida por um exército de pedras
Desce violentamente pela falésia ao encontro da espuma branca
Se não há vagas na areia da praia.. vazia de gente...marcada pelos pés das gaivotas
Quem poderá escutar os vagidos da espuma?
Quem poderá impedir o suicídio rolante das ondas ?
A minha boca abre-se num hiato de divindade surpreendida
E eu ergo-me... pleno e frio ...sobre a máscara muda dum grito
Um grito que lança a sua chama...
Como se fosse a página de um livro em branco
Onde a esperança é um eco gritado pelas pedras trazidas pelas ondas!