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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

É isto a esperança.....

A esperança não é palpável...não existe...é esse o nosso grande erro, passamos o tempo à procura de algo inexistente, quando na verdade a esperança somos nós, e nada que não tenhamos em nós, poderá ser encontrado fora de nós...é isto a esperança.....

Que as lágrimas se transformem em poesia...

Ruas vulgares...extensas colinas onde gastamos as memórias...
Ruas desordenadas... onde os encantos são promessas vagas
Estradas sem futuro percorridas com as nossas almas... fatigadas
Ruas diluídas em harmonias desencontradas
Ruas incumpridas penetradas pela névoa do vulgar
Ruas que exalam venenos...tristeza...felicidade
Ruas onde trotamos cavalgando as esperanças
Que atravessam o nevoeiro branco rumo aos pressentimentos velados
E onde os nossos olhos aguados e desvanecidos são alquimistas deslumbrados
Esperando...esperando sempre...
Que as lágrimas se transformem em poesia...

O vento soprava ligeiro e sem peso...

Crescem no meu corpo cheiros de outros corpos
Crescem cheiros a rosas tumultuosas e embriagadas
Como saudades atordoadas pela carnificina épica da noite
Crescem como misteriosos e comovidos reflexos exaltados pela despedida
Como testemunhas da noite solene em que a exaltação se banhou em suor
São intervalos...campos...nuvens despidas de sol...
Ficaram como ansiosas e encantadas penas tementes do esquecimento
Ou como adorados lagos azuis onde mergulhámos...
Crescem no meu corpo saudades dos campos que percorremos
Dos imensos incêndios que ateámos
Das batalhas épicas...das despedidas do sol...das mãos e dos olhares...
Desses olhares onde não havia espaço...olhos colados com olhos...
Mãos febris com prazeres raivosos...insensatos...razoáveis na sua alienação....
Montámos nus a cavalo e saudámos os carvalhos...os pinheiros...
Percorremos os plátanos...um a um...inscrevemos lá os nossos cheiros...
Os nossos corpos eram colares de pérolas...só faziam sentido colados...enfiados...
O vento soprava ligeiro e sem peso...
E nós... éramos apenas a emoção elevada às alturas cristalinas do prazer....