Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

As palavras nunca estão acabadas..

Que fizemos ao nosso olhar que o tempo acumulou em camadas invisíveis?
Que fizemos aos nossos dias...que rejeitámos como uma erosão opaca de insensatos?
Onde estão as emoções...as memórias...e a existência imperfeita dos sentidos?
Onde está a forma nua da esperança cega?
Onde escondemos a vida...que é maior que nós?
Belisca-me...apanha as minhas migalhas...
Contempla a nossa existência como se fosse uma coisa inútil
Ou como uma pele de cobra que é preciso mudar...porque é preciso crescer...
Cegos...somos cegos quando queremos dizer palavras maiores que nós
Porque antes das palavras estão as incertezas e as imperfeições
E porque as palavras nunca estão acabadas...são por natureza... incompletas
E todos os dedos são precisos...e todos os trabalhos são instantes
E todos os prantos são feitos de lágrimas injustificadas...
Que espreitamos com o olhar escondido nas sombras...como se fôssemos inúteis
Ou como se fôssemos ínfimos instintos concebidos em mágoas puras
Fecho os olhos e...eis que aí está o teu rosto...concluído mas...inacabado...
Porque na minha contemplação cega...perdi o horizonte...
Que agora procuro...mas que os meus olhos recusam ver...