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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Somos como lamentos fundos...

Somos conduzidos por pássaros de fogo através das noites inocentes...
Seguimos curvas oprimidas que desaguam em cegos verões rolantes
Somos como lamentos fundos...cansaços pronunciados...camisas engomadas...
Escutamos nos ruídos familiares...a obscuridade do tempo...
E seguimos o nosso coração...que nos traça um itinerário de assassino...
Como se apregoasse um cansaço ambulante...ou como um homicida que fala sozinho...
Cristalizado...confundido pelos patéticos tempos que ecoam sob uma luz crua...sombria
Destoada de ar... atravessada por imagens amarelecidas de tempos delicados...
Conservadas num recanto como carícias abandonadas...
Que sobem todos os andares da alma até se despejarem nas ruas...
Crispadas por atentados.. .mas livres!

Bolhas que caem a pique sobre o brilho do mar...

Sopro beatificamente a minha insustentável alegria
Cai sobre mim a luz que domina a sonolenta manhã...
Como se fosse uma música soprada por uma flauta de água...
Do meu peito rebentam estilhaços de prazer...
Bolhas que caem a pique sobre o brilho do mar...
E uma embriaguês de sol e água inunda os meus olhos repassados de maresia
Agora que a tua fonte perdeu a auréola que me cercava...
Agora que o triunfo da luz abafou o teu brilho opaco...
Agora....recomendo-te aos passantes...aos silêncios...e aos pássaros
Só não te recomendo a mim...que passei por ti ofegante ...fechado num chão cego...
Pelos dias em que murmuravas...sob as árvores...abafados hinos de prazer...