Todos procuram quebrar o gelado desespero do coração...
Confusos os mistérios recuam perante os olhos que as paredes não suportam
Paredes que se confessam piedosamente...
Como desesperados túmulos que as tardes de Inverno carregam no coração
Mistérios que morrem em convulsões...
Encobertas pela névoa acesa de uma desolação sombria...
Homens mistério e misteriosos homens...todos suportam um fardo...
Todos se sentam perante e atrás da janela ao cair do Outono...
Todos agarram o coração...com as duas mãos...todos o contemplam embevecidos
Todos são absorvidos pelo vício que uma luz ocasional acende no olhar...
Todos procuram quebrar o gelado desespero do coração...
Atirando para os abismos as recordações silenciosas...
Que as sombras guardam em palácios de estranhas portas sem saída...