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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Que só se desprende com um profundo grito de amor!

Falemos do tempo em que a chuva empossava sob os nossos pés
Contemos os nossos segredos sentados frente a uma fogueira onde ardem as palavras
Porque a felicidade maior é a renuncia ao silêncio que crepita no escuro
Porque a felicidade maior é contemplar todas as alegrias
Que aos nossos olhos se acendem...
Como uma esperança que as indulgentes árvores distinguem na secura
E que canta em voz alta...
Como se pedisse uma calamidade de ternura...ou uma mão aberta...
Vamos renunciar à desilusão...vamos abraçar os segredos desencantados..encantá-los
Vamos juntar o que resta de nós...num derradeiro retorno...brindemos ao recomeço
Desvendemos todas as belezas que vivem atrás do céu nublado...
Tomemos todos os bálsamos que acompanham a frescura das tardes
Estendamo-nos elegantemente sob a folhagem resistente dos carvalhos
Como duas almas recolhidas...na sombra de uma fraga feita de luz...
Que nos indulta e nos junta num abraço...como se fosse um poderoso nó apertado
Que só se desprende com um profundo grito de amor!

Semeado de vertigens..

Orlo os meus dias de um transbordante Nada
Apelo à natureza que me lance torrentes de raios desconhecidos
Que irradiam das luzes decepcionadas...
Que me desvende a sua imaginação ilimitada...
E que me adormeça num sonho secreto.... semeado de vertigens...