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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Onde tu sacias todas as tuas luzes.....

Atravessando a noite calma despe-se a tua imagem...com um amor faminto...
Os teus femininos ardores ocupam o meu espaço como uma violeta azul...
Ou um cisne negro nadando num lago feito de um orvalho cor de chumbo
São imagens saboreadas... como um riso disfarçado numa boca feita de sombras
Que segura entre os dentes brancos a porta entreaberta para o prazer.
De dentro de ti sai uma voz que me acende o coração...com uma sensualidade doce...
Como se fosse um prolongamento de uma irresistível fogueira
Que me desperta para o ócio do desejo....
Que me desperta para o dócil saciar da saudade do teu peito
Que me desperta para o ardor brilhante...e me assalta os olhos distraídos...
Como se fosses uma ilusão que me procura no escuro...
Ou como um encanto impaciente de uma luz que me acende
Porque tu és como uma borboleta imprudente...
Que queima as asas no glorioso prazer onde eu ardo...
E onde tu sacias todas as tuas luzes.....
Porque o teu corpo nu....é uma inconstância física...
Como se fosses a lei da Atracção Universal....exausta de Gravidade...

Onde tu sacias todas as tuas luzes.....

Atravessando a noite calma despe-se a tua imagem...com um amor faminto...
Os teus femininos ardores ocupam o meu espaço como uma violeta azul...
Ou um cisne negro nadando num lago feito de um orvalho cor de chumbo
São imagens saboreadas... como um riso disfarçado numa boca feita de sombras
Que segura entre os dentes brancos a porta entreaberta para o prazer.
De dentro de ti sai uma voz que me acende o coração...com uma sensualidade doce...
Como se fosse um prolongamento de uma irresistível fogueira
Que me desperta para o ócio do desejo....
Que me desperta para o dócil saciar da saudade do teu peito
Que me desperta para o ardor brilhante...e me assalta os olhos distraídos...
Como se fosses uma ilusão que me procura no escuro...
Ou como um encanto impaciente de uma luz que me acende
Porque tu és como uma borboleta imprudente...
Que queima as asas no glorioso prazer onde eu ardo...
E onde tu sacias todas as tuas luzes.....
Porque o teu corpo nu....é uma inconstância física...
Como se fosses a lei da Atracção Universal....exausta de Gravidade...

Desprendei-vos desses galhos fatigados de traições...

Nas ruas confluem rumores de corpos que desenham ruídos surdos
Nas marés ondulam filas de gente embaciada....
Que impregna o ar de uma viscosidade inútil.
Pelas clareiras sombrias vogam suspiros de anjos que perguntam pela luz
Os leques abanam...os foguetes explodem...e os risos ficam suspensos....
Tudo pára...o cheiro no ar é de putrefacção...os homens tornam-se líquidos absortos
Dançando suspensos na altivez dos copos estalados
E eu apenas peço que me tragam vinhos e aguardentes..
Que me tragam criaturas para incensar...
Que me tragam velas com dedadas negras
E lânguidas cóleras gulosas pelo indiferente frio
Tirem o lenço do bolso...sentem o vosso cu sobre a laje fria..
Não sujem a vossa alma...vós que tendes a alma cagada...
Vós que transpirais silvos que perpassam pelos cabelos soltos
Vós cujo único intuito é terem a arrogância de um candeeiro preguiçoso...apagado...
Vós que sois os santos que juram sob uma voz viril... obediência à cobardia
Desprendei-vos desses galhos fatigados de traições...
Vacilai sobre a terra calcinada...como quem se enrola numa colcha negra...
Sob o terrível olhar de uma madrugada seminua....

Perguntamos às folhas escritas..

Trazemos na boca o eco seco das divindades...
Sentimos no corpo o frio da flamejante força do vento
Perguntamos às folhas escritas...que nos descrevam os dias e os risos...
E à transparente água que não deixe de molhar os solitários
Nos nossos ombros desenham-se curvas brancas...como fardos...
Ou como vagabundos libertos de dias escuros....

O tempo reveste-nos de uma bruteza que a espuma não lava...

O tempo canta-nos uma indolente ária que oscila frente aos nossos olhos
O tempo reveste-nos de uma bruteza que a espuma não lava...
Espanta-nos como se colocasse fitas incolores nas horas...
Fitas que depois temos que pintar ao nosso gosto...
E pintamo-las... muitas vezes...de uma palidez sombria
Ostentando um olhar insolente...que redemoinha sobre a desordem dos sons
Como se fossem sentimentos ébrios...necessitados de vocábulos amorosos...