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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Prometo-te que não serás mais como a criança que se separa do mar

Prometo-te que não serás mais como a criança que se separa do mar
Prometo-te que todas as cores te visitarão e todos os dias verás as suas cambiantes
Digo-te que não te desfarás numa promessa de harmonia...e que o sol se recordará de ti
Digo-te que o céu te cairá em cima....um dia...com um luzir de espaços melancólicos
Digo-te que não te sentirás só...nem submersa...nem lamentarás a minha recordação
Prometo-te que o teu coração não se desfará por mim...
Nem o dia te trará os meus resquícios...
Dou-te autorização para brilhares sobre o chão enegrecido
Enquanto eu vou caindo no rio salgado...como um reflexo opaco e melancólico...
O tudo ou o nada serão momentos que a noite aceitará...
Como um destino encantado por um céu que é mar...
Ou por um vestígio quebrado pelo dia que não sabe de onde vem...
Dormir será como uma separação...ou uma promessa incumprida....
Um lamentável desaparecimento da alma....
Dormir será o escurecer dos sonhos impotentes ...íntimos....
Porque nada é mais refrescante...que uma queda na Vida...
Porque nada é mais refrescante...que um acordar para a música infinita
Que é aquele momento em que o coração aspira o perfume do teu corpo
Como se surgisse sobre um vago vestígio de uma inquieta noite...
Em que fomos belos e sem sombras....

Que arde em impacientes braços...

As tuas palavras na minha boca nada são
O teu corpo na minha sombra nada é
Tudo é como uma comovedora ilusão
Que arde em impacientes braços...
Como uma chuva enternecida por uma noite
Em que perante uma lua mágica...nos diluímos numa agridoce transpiração
E fomos.... amor...fogo... paixão...respiração...