Somos o mesmo ser que procuramos
O esqueleto estava transformado em líquido...a carne comida pelos silêncios...
A voz ...dissimulada em cantares de desespero...
Procurava limpar da alma os momentos finais...
Esses momentos que estão sempre presentes...
E que nos dizem que somos o mesmo lugar onde estamos
Que somos o mesmo ser que procuramos
Que somos mesmo a mesma vida que temos...
Que somos o presente...o passado e o futuro...
Que nada vive além de nós...se nós não vivermos também além...
Mesmo com todos os segundos a cravarem-se na carne...
Mesmo com todos os dias a esgotarem-se em dias vazios
Mesmo com todos os peixes a desaguarem na praia...
Mesmo assim...somos os seres primitivos...os sobreviventes dos tempos...
Os arcanjos das almas...os guardiões do ser verdadeiro...
Que afinal desconhecemos...