Estenderei os olhos pela planície longínqua
Esperarei pelo barco que se aconchega ao mar com um ruído de vagas claras
Encontrarei uma noite antes que a aurora trepe pelas minhas dúvidas
Estenderei os olhos pela planície longínqua
Como se me erguesse livremente perante um céu feito de suaves penas brancas
Lamentarei que que a claridade desabe impetuosa sobre todos os crimes
Porque sei que o ar húmido da manhã amaciará a minha amargura
E que o meu corpo acompanhará as ruas desertas
E os meus pensamento sentar-se-ão sobre todas as alvoradas
E dir-me-ão todos os segredos...
E todas as respirações que se erguem como brumas lívidas
Perder-se-ão nas luzes da manhã...com a chegada de uma pomba que traz o novo dia...