Fragmentos turvos de passos... olhos inchados pelos cumes que inventam vales e rios
Sou eu ou há coisas em mim que titubeiam sem verdadeiramente serem coisas
Olho o sol cuja vermelhidão me apavora...
Espirro todas as cores que se acendem nos meus olhos
A boca sabe-me a frutos que vibraram nos ramos das árvores...
E irreais vapores lilases extraviam-se pelos ares densos...
Como irrealidades submergidas por bruscas mudanças de maré
Falta-me nascer de novo...faltam-me os passos incertos de criança...
Falta-me o caos que a paixão das frases produz no meu corpo mineral...
Sigo submerso e evaporado...como palavras devoradas pelo papel...