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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Eu dentro de ti...e tu... em flor ...a choveres lágrimas felizes...

Rostos feitos de estrelas espreitam pelas frestas dos espelhos partidos
Constelações de pássaros debicam manhãs de sal
E os quartos despedem-se dos suores nocturnos
Enquanto a cidade de veste para um novo dia
Sentimo-nos leves... impesáveis...saltamos sobre todos os rostos
Traçamos percursos de pólenes lívidos e refrescantes
Somos paisagem e máscara...peso que levita perante um sol frio
Olhos...beijos...chuva alucinada...tapete voador feito de luminescências
Fugimos das chuvas que derretem o rímel das longas pestanas
Somos pássaros feitos de paredes caiadas da branco...Alentejo nocturno...
Pintado de estrelas que saltam pela planície...crescemos...somos voos ressequidos...
Povoamos as manhãs com os nossos corpos segredados...
Eu dentro de ti...e tu... em flor ...a choveres lágrimas felizes...

Para que eu seja o teu bosque ...onde te perdes...e explodes de prazer!

A penumbra avança sobre os teus lábios marcados pela fresquidão da neve
Que te pinta o rosto com paisagens que saltam como peixes voadores
Porque tu és a ventania que diante de um espelho se dilui como chuva enigmática
És o inesperado aconchegar de uma pele fresca que levita num dia frio
És os nocturnos lábios que desejam as estrelas que brilham nos meus olhos
Enquanto que eu... sou o pássaro irreconhecível que vive dentro do espelho
Esperando que desças dos telhados da noite...
E que as tuas pálpebras voem ao meu encontro como aves sem despedidas
E eu possa ver os teus olhos abertos como conchas ...onde brilham algas
Que derramem sobre mim os segredos que não podes guardar
Para que eu seja o teu bosque ...onde te perdes...e explodes de prazer!