E digo-te... que a luz encheu o meu corpo de uma alucinante vontade de amar!
Entorpecido procuro o teu ombro...a tua ténue luz de alabastro...
O teu respirar de ilha sem sombras envolvida em brancos lençóis
Orquídeas perdidas entram pela janela sem sono...estreitas como o fundo de um lago
Perdidas na humidade do teu bafo esfuziante...querem respirar contigo..
Querem separar-te da noite... que sonha nos teus lábios de maré viva
Espio-te..adivinho que sonhas com peixes feitos de ilusões...reflexos de pele húmida...
Que caminham no fundo de um lodoso instante de desespero...
Queres fugir do sonho...fugir dos meus olhos insones...
E eu...abro as flores que florescem na minha saliva feita de espera...amanhece...acordas..
E digo-te... que a luz encheu o meu corpo de uma alucinante vontade de amar!