Onde possamos rejuvenescer e transbordar de amor!
Escrevo sobre o nevoeiro que floresce numa guerra de geometrias variáveis
E os passos são sóis que caminham colados ao corpo...
Numa agonia que contamina o riso dos bosques...
Que segrega delírios de marés diluvianas...que aspira as borboletas entorpecidas...
Que ri como um sábio que procura o futuro..
Ou o lugar onde passa o caudal da existência final...
Onde as noites se suicidam executando uma dança subtil...
Que descreve a essência rara do tempo...que nasce na fonte transbordante das tabernas
E esconde a regeneração dos dias marítimos ...nas folhas amarelas dos plátanos...
Folhas que foram de ouro raro...teatro de uma insónia transbordante de sedas vermelhas
Obscuro ritual feito de claridades incertas que riem dos dilúvios regeneradores
E se perdem num buraco que aspira todos os cataclismos...e todos os delírios...
Numa espectacular máscara de agonia..carregada de seiva que os olhos deixaram cair...
Sobre a aurora do corpo imaginado por uma ilusão sem memória...
Onde apenas as flores podem petrificar a angústia...transformá-la numa estátua anémica..
Onde possamos rejuvenescer e transbordar de amor!