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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Até nos tornarmos numa simbiose estrelada....una..final!


Caem pedaços de pele do céu enegrecido...despem-se os desertos...jogam-se os dados..


Fumam-se estrelinhas vermelhas e lambe-se o cadáver da estricnina...


A paixão torna-se um prolongamento do coração ..e a solidão uma réstia da saudade


Os olhos amam a lonjura de um mapa astrológico...suicídio de céus apaixonados...


Tudo gira na indecisão de uma frágil luz...que navega numa ferida alada...


Que as mãos sufocam...tropeçando na órbita aureolada de um sol urbano...caótico...


Jogo e lâmina que se esconde na aurora egípcia...


Máscara de Ísis navegando pela beira -mar ...estendendo o corpo pelo Nilo avassalador...


Comendo conchas onde vivem serpentes maduras...e violinos feita de contra-luz ansiosa


Que nos procura como um passo metálico de um salpico de coral...


Para nos dizer que é tempo de voltar...que é tempo de sufocar com as nossa mãos...


Todo o sangue que nos escorre da alma entorpecida...


E toda a solidão da lancinante provocação de uma memória morta...


É tempo de voltar...a subir as luzes desérticas da manhã...


Até nos tornarmos numa simbiose estrelada....una..final!


 

Por fim...dançarei com o teu medo...e incendiarei a tua voz...

 


Dançarei contigo sobre a luminescente tontura de um gesto qualquer...


Minha tâmara nómada feita de jogos apaixonados...minha orbital aura de luz frágil...


Que medita sobre uma paixão que lhe lambe todos os sorrisos...


Como um mundo angustiado...indefeso sobre um labirinto feito de mágoas...


Dançarei contigo através de todas as solidões...e todos os tropeções que dermos...


Serão azulíneas línguas de sedas escarpadas...réstias de luz em lagos apaixonados...


Conchas de mel escarlate que vibra na adolescente noite...amor e mar..ar e Atlântico


Coral salpicado pela espuma de Algeciras...Ceuta petrificada em golfinhos de ouro


Haxixe e néon sentados na baía...à beira mar ...


Mordida desértica de um ritual feito em porcelanas alquímicas...


Ming serpenteando no corpo do dragão...foz e asa de morcego...


Moscas que dançam valsas nos subúrbios que devoram metais...


Ar rouco saindo de uma dentada que mata a poesia...feroz dia cortado em fatias...


Prepúcio descansando sobre uma pirâmide de encantos raros...


Sexos feitos de rituais cobertos de lume alado...asas de solidão temente da loucura...


Mordida precipitada...dor lancinante de prazeres rubros....devorantes...


Santificados pelos apelos do corpo...salpicados de mel e frenesim...


Onde por fim...dançarei com o teu medo...e incendiarei a tua voz...