Até nos tornarmos numa simbiose estrelada....una..final!
Caem pedaços de pele do céu enegrecido...despem-se os desertos...jogam-se os dados..
Fumam-se estrelinhas vermelhas e lambe-se o cadáver da estricnina...
A paixão torna-se um prolongamento do coração ..e a solidão uma réstia da saudade
Os olhos amam a lonjura de um mapa astrológico...suicídio de céus apaixonados...
Tudo gira na indecisão de uma frágil luz...que navega numa ferida alada...
Que as mãos sufocam...tropeçando na órbita aureolada de um sol urbano...caótico...
Jogo e lâmina que se esconde na aurora egípcia...
Máscara de Ísis navegando pela beira -mar ...estendendo o corpo pelo Nilo avassalador...
Comendo conchas onde vivem serpentes maduras...e violinos feita de contra-luz ansiosa
Que nos procura como um passo metálico de um salpico de coral...
Para nos dizer que é tempo de voltar...que é tempo de sufocar com as nossa mãos...
Todo o sangue que nos escorre da alma entorpecida...
E toda a solidão da lancinante provocação de uma memória morta...
É tempo de voltar...a subir as luzes desérticas da manhã...
Até nos tornarmos numa simbiose estrelada....una..final!