O nosso presente é sempre o fantasma do nosso futuro.
O nosso presente é sempre o fantasma do nosso futuro..é um entrelaçar de dias e emoções... que culminarão no dia em que a nossa luz se apague...
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O nosso presente é sempre o fantasma do nosso futuro..é um entrelaçar de dias e emoções... que culminarão no dia em que a nossa luz se apague...
O que é espantoso na natureza, é que no mesmo local podemos apreciar vários espectáculos
O entardecer
O pôr-do-sol
Soltavas o teu chamamento como uma ave na escarpa dos beirais
Luz invisível que nos ligava atravessando o ar fresco
Profunda sensação invadindo o céu glacial...silêncio de campos fechados em si próprios...
Os teus dedos exalavam urgências...procuravam nos labirintos das ruas o regresso ao meu corpo
Mas já nada nos ligava...nem os pássaros que fugiam do frio...
Nem o magma que escorre dos vulcões...nem o tiro de um céu purificado
Ouço o teu riso...ainda ris? Ou foi só a ilusão de um tempo arrastado pela distância?
Rodopia a borboleta negra...acendem-se tempestades..ferem-se os mares...
Da minha cúpula vejo o meu reino...minuciosa vigília de flores esculpidas
Lírios reinam nas tuas mãos silenciosas...de ti jorram ausências e poeiras
A escuridão de um olhar...a paisagem que se confunde com um grito..as pálpebras enrubescidas
As flores douradas absorvem o sol abandonado...afasto-me dessa luz...desse silêncio
E dissolvo-me num gesto embaraçado...o sono vem...a sombra cresce...
E escuto a fala das lágrimas!
Seguimos na noite austera...como medusas fluindo junto ao mar
Zumbidos brotam na paisagem cinzenta...escorregamos pelas dunas..suavemente
Manchas sonoras perdem-se nos nossos labirintos...
Existimos como brechas no silêncio adejante
Ardem cores...o inverno vem instalar-se entre nós...o luar emudeceu..
Perdeu-se no escuro serpenteante das águas...no fundo nadam peixes encarnados
Procuram coisas que a terra atira suavemente ao mar ...
E em nós residem explosões de azul
Como se mergulhássemos numa água metálica...
Condensada... como um monólito de amor!
A nossa alma em fogo consome-se perante o profundo horizonte azul...tornando-nos na chama uniforme que desperta a angústia e o amor...
Por muito que naveguemos...o mar é sempre o mesmo...porque somos sempre nós os marinheiros...e porque não há mar...apenas alma...
De olhos semicerrados recordo um outro tempo... um verão onde detonavam centenas de odores
E as minhas mãos passeavam pela tua pele...repetidamente...como uma fuga ao tempo
Ou um lugar onde desapareciam todas a minhas angústias...
No céu brilhava uma explosão de tons laranja...como profundos gritos do entardecer
O ar era uma espiral azul celeste...inesquecível moldura sibilante..
E a terra... rasgada por centelhas de incríveis tonalidades douradas...
Era um como rosto esquecido nas folhas caídas
Recordando os instáveis dias em que os pássaros debicavam a nossa solidão...
No céu brilhava uma explosão de tons laranja...como profundos gritos do entardecer
O ar era uma espiral azul celeste...inesquecível moldura sibilante..
E a terra... rasgada por centelhas de incríveis tonalidades douradas...
Era um como rosto esquecido nas folhas caídas
Recordando os instáveis dias em que os pássaros debicavam a nossa solidão...