Sei que não volto a ti...
Sei que não volto a ti...sei que não volto a colidir com o teu apocalipse
Rasgarei o chão coberto de fagulhas tresloucadas...apagarei o brilho que rasga a noite
E a água surgirá como uma chama esgazeada...recolher-me -ei...
Como uma visão descalça sobre uma língua que galopa num profundo espasmo
Soubesses tu como me afundo num instante de silêncio...
Como convoco uma adocicada melodia...como me cubro de chamas...
Soubesses tu como danço descalço sobre a perturbante visão do teu corpo
Como me encandeiam os teus olhos acesos...
Como as tuas chamas que flutuam num momento de eternidade me seduzem
Como se eu soubesse que o teu voltar é apenas um turvo momento...um carvão baço
Algo indefinível...como o renascimento de um sono profundo...sobre um chão abrasado!