Penso na imensa solidão de Deus...
Penso no fim da Terra.. penso no dia em que o sol explodirá e comerá o planeta...e penso na imensa solidão de Deus...
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Penso no fim da Terra.. penso no dia em que o sol explodirá e comerá o planeta...e penso na imensa solidão de Deus...
Digo-te onde ficam os campos...digo-te as minhas razões...as pétalas são facas de cores garridas
Ferem a luz...são remotas praias onde vão ancorar os nossos dedos...
Castelos estrangulados pela noite...areia e maresia...medusa aflita presa no areal
Teremos sempre uma pequena lua na saudade...como um sorriso puro...ou um desejo perfumado
Sabes que o tempo muda as cidades...que extingue o canto do mar...na expansão de sinos cristalinos
Gravo no teu peito gargantas incendiadas...puros cantares de humildes algas...vinhos raros
Das minhas cordas vocais pendem cantos estrangulados...febres pisadas...nomes de coisas impuras
Deito-me junto ao misterioso canto dos búzios...visto-me de diáfanos bordados...sou mar
Encanto-me com o perfume das dunas..respiro noites assombrosas...recordo-te nas aves
Espalho estrelas pelos caminhos...como beijos de águas alegres...ou como frestas nos dias
Incêndios espalham-se pela noite...estrelas caem nas ruas... o entardecer é gélido
E nos fundos dos ventos ecoam beijos de crianças esfomeadas...rios do Tibete...Ganges esféricos
Iremos ao encontro do verão...beijaremos os fundos dos vales...seremos barcos perversos
Mas vamos construir a alegria com fomes bordadas em seda..uivos rápidos de mastros decadentes
E vamos saborear todas as flores primaveris...os lírios... no campo... esperam por nós!