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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Toco o teu fulgor...retenho a tua mão...e na poeira das estrelas... vejo-me.. ausente!

 


 


 


Queria ser um tempo real...como se corresse em direcção a uma oblíqua madrugada


Onde uma luz sólida despertasse desejos de vigílias...


Ou lágrimas envelhecidas pernoitassem nos embaraços da manhã...


Luz e mundo desfeitos em sono...corpos deitados sobre paisagens feridas...esperança


Temos que nos recordar da esperança...


Conhecer-lhe todas as fissuras e gretas de onde ela brota...e digo-te que não te afastes


E digo-te que te queimes no grito que pernoita na memória..falo-te com carinho...


Deixa ficar a tua sombra na paisagem...resina de corpos...desmaios de luz..o mundo é teu


É teu o magnífico desejo de seres silêncio...de seres a crosta do tempo circular


Do teu sono nascem países...crescem húmus...esquecem-se abandonos...


Enrubesço...seco...o mundo aconchega-se a mim...e tu refugias-te na noite...refulges


És o arquipélago onde as lágrimas falam...triangulares pálpebras que se fecham à luz


Toco o teu fulgor...retenho a tua mão...e na poeira das estrelas... vejo-me.. ausente!