Voas em todas as direcções..vives do lado de fora de ti...
Dançamos sob salpicos de luzes que caem das árvores...
Pingos de sangue derramado numa caleidoscopia nocturna
Enfeitam a tela negra da noite como pirilampos metálicos...
Noite latejante de verão onde a floresta se ilumina por detrás de uma fachada de fogo
Deitas-te sem saber qual a cor dos dias...sangras palavras diante dos espelhos..és asas
Voas em todas as direcções..vives do lado de fora de ti...
Ergues os braços como se fossem neblinas laceradas por lâminas..
Ou como inúteis cores vingativas...chegarás ao Outono...
Ver-te-ei chegar cavalgando uma melodia que soprará de um qualquer sax...
E nos pomares de pessegueiros despirás o teu coração...como se fosse um mundo...
Ou um vento imaginado que sopra das flores...
Perfumando a abóbada celestes com aromas estrelados...