Um monólito de amor!
Seguimos na noite austera...como medusas fluindo junto ao mar
Zumbidos brotam na paisagem cinzenta...escorregamos pelas dunas..suavemente
Manchas sonoras perdem-se nos nossos labirintos...
Existimos como brechas no silêncio adejante
Ardem cores...o inverno vem instalar-se entre nós...o luar emudeceu..
Perdeu-se no escuro serpenteante das águas...no fundo nadam peixes encarnados
Procuram coisas que a terra atira suavemente ao mar ...
E em nós residem explosões de azul
Como se mergulhássemos numa água metálica...
Condensada... como um monólito de amor!