A indiferença é a arte suprema... que vence os ódios...
A indiferença é a arte suprema... que vence os ódios...
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A indiferença é a arte suprema... que vence os ódios...
Para lá do tempo existe a primavera..as árvores esculpidas...as chamas negras...
Pelas paredes esgueiram-se sombras...desertos floridos...luzes cintilantes...tosses secas
Para lá do tempo circulam as águas cristalinas...as geometrias despidas...as salas de espera
E lá estão as filosofias gregas...as vastas esculturas decrépitas...as prisões da luz...
Para lá do tempo a pólvora aguarda a sua hora...os mares entram nas casas...e os recifes exibem a espuma
E um dia seremos a energia atómica...a luz dourada....a combustão do ar...
Para lá do tempo existem as janelas...os vidros baços...as bocas que se beijam...
Os tectos onde os silêncios se escondem...as decisões abstractas...as rochas eternas..
Para lá do tempo existe o fogo...as facas que cortam os dias de fumo...o ar....
E dentro dos buracos negros vivem os ecos dos dias espatifados...bíblicos rancores....
Como sombras enclausuradas num sol escuro!
Para lá do tempo existe a primavera..as árvores esculpidas...as chamas negras...
Pelas paredes esgueiram-se sombras...desertos floridos...luzes cintilantes...tosses secas
Para lá do tempo circulam as águas cristalinas...as geometrias despidas...as salas de espera
E lá estão as filosofias gregas...as vastas esculturas decrépitas...as prisões da luz...
Para lá do tempo a pólvora aguarda a sua hora...os mares entram nas casas...e os recifes exibem a espuma
E um dia seremos a energia atómica...a luz dourada....a combustão do ar...
Para lá do tempo existem as janelas...os vidros baços...as bocas que se beijam...
Os tectos onde os silêncios se escondem...as decisões abstractas...as rochas eternas..
Para lá do tempo existe o fogo...as facas que cortam os dias de fumo...o ar....
E dentro dos buracos negros vivem os ecos dos dias espatifados...bíblicos rancores....
Como sombras enclausuradas num sol escuro!
Enquanto a cidade esculpia as águas despidas..tu beijavas-me com os olhos cintilantes
As tuas mãos giravam como ventos geométricos...percorriam-me os cabelos frios
E eu via na tua boca recifes cobertos de espuma...dentes brancos...inferno
Era ali que os pensamentos tomavam forma...e se perdiam as razões
Como se fossem ordenadas por um pontilhista cuja memória descarrilou...abstracções
Nostálgicas memórias de uma primavera escura...flores soltando gritos de guerra...
E do teu peito saía o meu destino em golfadas de luz...cegava-me essa luz...
E a minha alma era um balão de ar quente elevando-se em todas as direcções...perdida!