Sei perfeitamente que à beira-mar há homens felizes...sei porque escuto os olhares
Sei porque cruzo esses templos de mistério onde as ilhas se formam...e os dedos se embriagam
Sei porque nos rostos onde a palidez se instala...as noites se dilaceram em interrogações
Que luzes esvoaçam na tempestade melancólica dos dedos?
Que mãos duras derrubam sinais-memórias que dormem sob sinistros tectos?
Sei onde posso encontrar a ilha perdida..o remanso escondido do sangue...
A imobilidade da tempestade...entrelaçada no corpo solitários das águas...
Conheço as unhas que arranham a imobilidade de uma alma inalcansável
Tenho sobre mim todas as tempestades...todos os sismos...possuo a felicidade dos insectos
Mas mesmo que atravesse todas as memória...mesmo a que luz atinja a minha velocidade
Jamais amarei a face superficial dos lagos...a limpidez da sua resplandecência...
Porque eu fujo como se fosse a divisão de um tempo infinito...