XC
Mergulho na viagem onde as cores cerradas pescam o tempo dourado
a água não é aquilo que os olhos vêem...é uma lamparina que mede o despertar das pedras
ouço o entardecer e os meus lábios beijam as sombras encarquilhadas das sementes
a luz prolonga-se para muito além dos relógios que medem os risos
os olhos refulgem nas vogais abertas às palavras impuras...
como pontos cardeais das cidades envoltas em neblinas coroadas com elmos vermelhos
e o negro é agora a espada que desce em direcção ao nó na garganta.