Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

XCV

 


Metade de ti vê a lágrima escorreita...


ainda és aquele fio pendurado nas palavras que escorrem do púlpito


mas que palavras te podem dizer quem és?


se estás cercado por ossos desengonçados


e tens um Janeiro gelado atado à tua outra metade...


 


 

XCV

 


Metade de ti vê a lágrima escorreita...


ainda és aquele fio pendurado nas palavras que escorrem do púlpito


mas que palavras te podem dizer quem és?


se estás cercado por ossos desengonçados


e tens um Janeiro gelado atado à tua outra metade...


 


 

XCIV


Oferecem-te a bênção esculpida numa pele recém nascida


para lá do que tens a percorrer está o canto poético das baleias


dissipam-se agora os vendavais...


e as tuas mandíbulas destroçam as urnas enfeitadas com escolhos


és o prazer e o espaço...a barca presa no signo pendurado no infinito


pegas em tijolos...constróis lágrimas...moldas a paisagem


e pensas que por cima de ti apenas existe o acordar...


 

XCIV


Oferecem-te a bênção esculpida numa pele recém nascida


para lá do que tens a percorrer está o canto poético das baleias


dissipam-se agora os vendavais...


e as tuas mandíbulas destroçam as urnas enfeitadas com escolhos


és o prazer e o espaço...a barca presa no signo pendurado no infinito


pegas em tijolos...constróis lágrimas...moldas a paisagem


e pensas que por cima de ti apenas existe o acordar...


 

XCIII


Conversas de dementes que se deitam no fumo negro do Inverno


a noite segue-os como fumo que se encontra com as lágrimas


as fagulhas saltam à vista...a melancolia deita-se com as flores da amendoeira


enquanto as flechas assobiam cânticos que os dentes mordem....


 


 

XCIII


Conversas de dementes que se deitam no fumo negro do Inverno


a noite segue-os como fumo que se encontra com as lágrimas


as fagulhas saltam à vista...a melancolia deita-se com as flores da amendoeira


enquanto as flechas assobiam cânticos que os dentes mordem....


 


 

XCII

 


Atrás de ti..o tempo que sobe pelas paredes sensoriais


em frente a ti...a noite invisível que as mãos tecem


os cegos ardem num dissipado olho que se libertou da visão


e agora a paisagem é feita de arbustos-algas enrolados em melancolias


e a poesia transformou-se numa caveira soterrada numa barca azul...


 

XCII

 


Atrás de ti..o tempo que sobe pelas paredes sensoriais


em frente a ti...a noite invisível que as mãos tecem


os cegos ardem num dissipado olho que se libertou da visão


e agora a paisagem é feita de arbustos-algas enrolados em melancolias


e a poesia transformou-se numa caveira soterrada numa barca azul...


 

XCI


O ácido corrói o fundo sombreado do pensamento..


a mão beija o sem-valor do magro-mar e revolta-se perante as vagas abertas ao futuro


quem afagará agora os teus cabelos sonolentos?


que tardes se empinarão na tua garganta sôfrega...


enquanto coses os dias com a agulha romba da luz embaciada?


 

XCI


O ácido corrói o fundo sombreado do pensamento..


a mão beija o sem-valor do magro-mar e revolta-se perante as vagas abertas ao futuro


quem afagará agora os teus cabelos sonolentos?


que tardes se empinarão na tua garganta sôfrega...


enquanto coses os dias com a agulha romba da luz embaciada?