XCV
Metade de ti vê a lágrima escorreita...
ainda és aquele fio pendurado nas palavras que escorrem do púlpito
mas que palavras te podem dizer quem és?
se estás cercado por ossos desengonçados
e tens um Janeiro gelado atado à tua outra metade...
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Metade de ti vê a lágrima escorreita...
ainda és aquele fio pendurado nas palavras que escorrem do púlpito
mas que palavras te podem dizer quem és?
se estás cercado por ossos desengonçados
e tens um Janeiro gelado atado à tua outra metade...
Metade de ti vê a lágrima escorreita...
ainda és aquele fio pendurado nas palavras que escorrem do púlpito
mas que palavras te podem dizer quem és?
se estás cercado por ossos desengonçados
e tens um Janeiro gelado atado à tua outra metade...
Oferecem-te a bênção esculpida numa pele recém nascida
para lá do que tens a percorrer está o canto poético das baleias
dissipam-se agora os vendavais...
e as tuas mandíbulas destroçam as urnas enfeitadas com escolhos
és o prazer e o espaço...a barca presa no signo pendurado no infinito
pegas em tijolos...constróis lágrimas...moldas a paisagem
e pensas que por cima de ti apenas existe o acordar...
Oferecem-te a bênção esculpida numa pele recém nascida
para lá do que tens a percorrer está o canto poético das baleias
dissipam-se agora os vendavais...
e as tuas mandíbulas destroçam as urnas enfeitadas com escolhos
és o prazer e o espaço...a barca presa no signo pendurado no infinito
pegas em tijolos...constróis lágrimas...moldas a paisagem
e pensas que por cima de ti apenas existe o acordar...
Conversas de dementes que se deitam no fumo negro do Inverno
a noite segue-os como fumo que se encontra com as lágrimas
as fagulhas saltam à vista...a melancolia deita-se com as flores da amendoeira
enquanto as flechas assobiam cânticos que os dentes mordem....
Conversas de dementes que se deitam no fumo negro do Inverno
a noite segue-os como fumo que se encontra com as lágrimas
as fagulhas saltam à vista...a melancolia deita-se com as flores da amendoeira
enquanto as flechas assobiam cânticos que os dentes mordem....
Atrás de ti..o tempo que sobe pelas paredes sensoriais
em frente a ti...a noite invisível que as mãos tecem
os cegos ardem num dissipado olho que se libertou da visão
e agora a paisagem é feita de arbustos-algas enrolados em melancolias
e a poesia transformou-se numa caveira soterrada numa barca azul...
Atrás de ti..o tempo que sobe pelas paredes sensoriais
em frente a ti...a noite invisível que as mãos tecem
os cegos ardem num dissipado olho que se libertou da visão
e agora a paisagem é feita de arbustos-algas enrolados em melancolias
e a poesia transformou-se numa caveira soterrada numa barca azul...
O ácido corrói o fundo sombreado do pensamento..
a mão beija o sem-valor do magro-mar e revolta-se perante as vagas abertas ao futuro
quem afagará agora os teus cabelos sonolentos?
que tardes se empinarão na tua garganta sôfrega...
enquanto coses os dias com a agulha romba da luz embaciada?
O ácido corrói o fundo sombreado do pensamento..
a mão beija o sem-valor do magro-mar e revolta-se perante as vagas abertas ao futuro
quem afagará agora os teus cabelos sonolentos?
que tardes se empinarão na tua garganta sôfrega...
enquanto coses os dias com a agulha romba da luz embaciada?