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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

XCIV


Oferecem-te a bênção esculpida numa pele recém-nascida


para lá do que tens a percorrer está o canto poético das baleias


dissipam-se agora os vendavais...


e as tuas mandíbulas destroçam as urnas enfeitadas com escolhos


és o prazer e o espaço...a barca presa no signo pendurado no infinito


pegas em tijolos...constróis lágrimas...moldas a paisagem


e pensas que por cima de ti apenas existe o acordar...


 

XCV

Metade de ti vê a lágrima escorreita...


ainda és aquele fio pendurado nas palavras que escorrem do púlpito


mas que palavras te podem dizer quem és?


se estás cercado por ossos desengonçados


e tens um Janeiro gelado atado à tua outra metade...