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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

XXI


Pairando no vento que desagua onde tudo se finge...há um jogo...um esquecimento


e apenas num único olhar distingo a arca que transporta o teu coração...


como um singular sol recolhido num rosto onde desagua o verão em espuma...


 

XII


E da minha boca brotam fontes...


o mar prende as folhas enlaçadas no tempo...


e o Outono..é um fio de seda que nos veste...


prometo-te...chegou a hora das vagas florirem


e do céu opaco...emergirem tempos de amor!


 

XX


Pela terra trepam viçosos dias...emergem palavras que vivem na sombra das bocas


no negrume dessas sombras ecoa um coração gelado...


e que bebe o tempo que desliza num floco de neve.


 

XIX


Mostramos a jarra onde a nossa palavra madura floresceu


somos a perpétua ave que dorme no sonho...


mudas fontes açoitam o vento


e nós regressamos à espuma tingida de azul...é tempo de deixar o mar respirar...