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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

E nunca me perguntei..


Falaste com dedos de açúcar..disseste que o sangue respirava nas palavras


Tinhas o sabor das amoras que tardam em regressar


E o silêncio de um íntimo desejo mudo


Eras luminosa como uma pintura de Miró...quase abstracta


E o que restava de ti era a transgressão harmoniosa dum voo tardio


Mas eu sempre te esperei..mesmo quando os dias me atropelaram


Sempre senti a tua respiração como se fosses o odor da primavera


E nunca me perguntei...o que estava ali a fazer?


Ali...junto à seiva que me permitia penetrar nos teus mistérios.


 

Vem aí um novo protesto dos taxistas

 


Os taxistas resistem à modernização, não se querem actualizar e pensam que a forma de resistirem à mudança é com protestos e bloqueios.


Quem nunca sentiu que estava a ser enganado no percurso por um taxista? por causa disso deveria ser obrigatório os táxis possuírem GPS, tal como deveria ser obrigatório o motorista mostrar ao passageiro os percursos disponíveis incluindo o custo da viagem para cada percurso. Penso que seria uma boa forma dos táxis não perderem clientes e mostrarem a sua boa-fé para com os mesmos.


 

Flori como um floco de neve num jardim ferido...


Colho a maçã amadurecida na tua boca...trepo pela noite como um nome feliz


No peso das palavras que refulgem sobre o teu corpo..digo-te o que perdi...


Falo-te do sangue que escorreu das minhas veias...


Quando sozinho saltei para fora de mim


Mas vi nas aves um amanhecer...vi uma noite adormecida sobre a solidão incandescente


E flori como um floco de neve num jardim ferido...


E..como num desconhecimento de uma tarde onde enforcámos a ausência...


Voltaste...e eu sobrevivi ao Inverno!


 

O mar é uma cave onde o coração se parte...


Passo por lugares vazios...lunares sopros cortam o ar..como tesouras cósmicas


Olho os meus fragmentos espalhados sobre o castanho da terra serena


Esburacadas explosões rebentam na mudança da maré...


O mar é uma cave onde o coração se parte...vidro glaciar desmoronando-se sobre as coisas


Cheiro o bafo negro da solidão...


Aqueço-me na lareira concêntrica onde ardem acessos de riso...


És tu outra vez? És tu quem acredita que a minha solidão sabe coisas que tu não dizes?


E até mesmo a língua é uma fome emergindo para respirar dentro de um aquário elástico


E os muros erguem-se...as pessoas atiram copos de vinho para dentro de si


E a minha fome de ti sente o desejo de uma gaiola onde as ondas rebentam


Encontradas as línguas..ardemos numa dor que desaparece num segredo...


Sempre o mesmo segredo...


A deflagrar na escuridão escaldante de uma concha solitária!