A espuma que arde através das memórias
Enquanto o marulhar apressado dos desejos se incendiava
Fiz de mim um prisioneiro da espuma nocturna
A brisa era um arder de noite...uma vista por cima das estrelas espelhadas na água
A água de um negro metálico..parado..manchada pela sombra do cais
Pncendiava a memória com ondulações de luzes alaranjadas
Ouvia música..aprisionada na viela estreita..medusa carregada de azul
E regresso sempre a essa noite das paixões...a essa onda voraz feita de fios foscos
memórias...cânticos...zumbidos de remos na amurada...fogo metálico ao crepúsculo
E a essa voracidade de olhar a vida...a essa brisa que me atravessa
Apenas peço que me deixe ficar ali...
Como espuma que arde através das memórias.