Agarro o vento..
Sob a face fria da estátua cresce a expressão do destino
Iluminura de mortos a cintilar no escuro dos segredos
Inquieto-me..nunca saí do meu sono...nunca me apeei do teu corpo
Subo à tua gávea e imagino metamorfoses de estrelas
Os barbitúricos adormecem nos frascos perdidos na noite
São a tempestade das estátuas silvestres
São o corroer das terras distantes...a velhice das insónias
E eu que sou tão nítido como um passado fustigado por ecos
Agarro o vento..a vida..a tempestade..
E escrevo por cima do abandono das manhãs envoltas em lugares brancos
E nítidas partes de mim...falam-me da ignorância dos mares.