O mistério da alma
Mesmo que a alma não exista..existe o mistério da existência da alma
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Mesmo que a alma não exista..existe o mistério da existência da alma
Quando há fila na estrada e uma senhora me "aperta" para que eu não lhe passe à frente recordo logo o velho ditado: primeiro as senhoras.
O azul envolve as pedras que exalam o calor do fogo
Hoje..é hoje que a noite se extingue em nós
Ah mas este monólogo feito de azul
É a colina onde ainda não subimos.
Sabemos que além está o mar
Que nas ervas fustigadas pelo nordeste...fulguram belas borboletas
Que o sol a pique queima as sombras das ruas
Estamos muito próximos da nossa noite
Latejantes estrelas acomodam-se no céu
Mas por agora..basta-me sentir a tua saliva nos meus lábios
E evadir-me da salmoura que me pica o corpo
Mas... deixa-me dizer-te que não sou mais o coração desfocado
Que caminhei pelas veredas onde os castanheiros floriram
E que nenhum azul é mais esplendoroso
Que o canto de uma ave pousada na paisagem muda
Onde nenhuma água pode sussurrar
Para que não despertemos do sonho.
Só os diferentes são grandes...nunca a banalidade fez coisa de jeito.
Se ninguém te entende...não desistas..estás no caminho certo,
que de certeza não é o mesmo que o dos outros
Tiradas as máscaras..sobraram os bocejos
As palavras devoram o silêncio...escrever é não ficar calado.
Mas a beleza das palavras existe... não quando apagam a realidade mas quando se transformam em poesia.